O Tratamento de Inseminação Artificial
Inseminação artificial, por definição, é a introdução do gameta masculino, espermatozoide, no trato genital feminino. Existem vários tipos de inseminação artificial, sendo a mais utilizada a inseminação intrauterina. A diferença entre os vários tipos é basicamente o local do trato genital onde a amostra de espermatozoides é depositada na mulher. Existem basicamente 5 tipos de inseminação artificial, que são descritas abaixo, sendo a Inseminação Intrauterina a mais utilizada. As outras modalidades praticamente foram abandonadas por trazerem resultados inferiores.
Intracervical
O preparado de espermatozoides é injetado dentro do colo do útero.
Intrauterina
O preparado de espermatozoides é injetado dentro da cavidade uterina.
Intratubária
O preparado de espermatozoides é injetado dentro das trompas.
Intraperitoneal
O preparado de espermatozóides é injetado dentro da cavidade peritoneal através de uma agulha que é colocada por via vaginal.
Intrafolicular
O preparado de espermatozoides é injetado dentro do folículo ovulatório.
Casos Indicados
Os casos onde a técnica de inseminação artificial é mais indicada são:
- Disfunções na relação sexual;
- Presença de anticorpos anti-esperma;
- Alterações no muco cervical ou no colo uterino;
- Endometriose;
- Diminuição de número, motilidade e penetração dos espermatozoides;
- Infertilidade sem causa aparente;
- Ausência de espermatozoides no parceiro, onde é utilizada uma amostra de um doador que é descongelada, preparada e utilizada para este fim.
A inseminação deve ser feita no período ovulatório da paciente, podendo esta ter sido submetida ou não à indução de ovulação como vimos anteriormente. Para tanto, é necessária a monitoração precisa através de ultrassonografia e exames hormonais.
Vários estudos comprovam que a indução de ovulação múltipla (2 a 3 folículos), quando associada à inseminação artificial, aumenta as chances de gestação. Um estudo publicado em 2002 mostra que nos EUA, no ano de 2000, o percentual de gestação de pacientes sendo submetidas à inseminação intrauterina sem estimulação ovariana foi de 12,5%. Nas pacientes submetidas a estímulo ovariano, o percentual elevou para 24%.
Geralmente, fazemos um total de até 3 inseminações artificiais para cada caso. Se após estas tentativas, onde os procedimentos foram plenamente satisfatórios, não obtivermos sucesso, partimos para técnicas de maior complexidade como a fertilização in vitro.